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Projeto de extensão prepara alunos do 8º termo de Medicina para o Internato em Adamantina

Objetivo é atender os serviços de saúde do município de Adamantina e, ao mesmo tempo, oferecer aos alunos do 8º termo atividades práticas de atendimento médico à população

Quinta-Feira, 22 de Outubro de 2020

Por Daniel Torres

Alunos do 8º termo do Curso de Medicina durante atendimento no Projeto de Extensão
Foto de Jesana Lima

Centenas de pacientes atendidos nas especialidades de Clínica Médica, Pediatria e Ginecologia e Obstetrícia em diversas unidades da Rede Municipal de Saúde de Adamantina. Este é o resultado positivo das atividades práticas de extensão envolvendo os alunos do 8º termo do curso de Medicina do Centro Universitário de Adamantina (UniFAI) nos meses de agosto e setembro e que devem se estender ao longo de outubro e novembro.

 

“Essas ações estão divididas em duas situações: em atividades de ensino obrigatório, pelo projeto pedagógico [ligado à Pró-Reitoria de Ensino], que são [nas disciplinas de] Clínica Médica II, Fundamentos de Técnica Cirúrgica, Pediatria e Ginecologia e Obstetrícia; e a outra área é no projeto de extensão [ligado à Pró-Reitoria de Extensão], no qual esses alunos vão para o CIS [Centro Integrado de Saúde] e para a Atenção Básica [nas unidades de saúde do] Cecap, Jardim Adamantina e Nove de Julho e para a Santa Casa, em UTI [Unidade de Terapia Intensiva], Pronto-Socorro e Enfermaria”, explicou o chefe do Departamento de Medicina da UniFAI, Prof. Dr. Miguel Ângelo De Marchi.

 

O objetivo é atender os serviços de saúde do município de Adamantina e, ao mesmo tempo, oferecer aos alunos do 8º termo atividades práticas de atendimento médico à população adamantinense, por meio de pequenos procedimentos cirúrgicos, diagnósticos, exames complementares, além de oferecer tratamento às diversas doenças.

 

Esse projeto de extensão foi dividido em duas etapas, sendo a primeira realizada nos meses de agosto e setembro e, agora, a segunda em outubro e novembro. “Dezembro será um mês de férias para todos os alunos e, depois, eles iniciam o Internato aqui em Adamantina já praticamente prontos para as atividades após o projeto de extensão”, emendou De Marchi.

 

Os atendimentos ocorrem das 9h20 às 12h40 nas unidades de saúde do Jardim Adamantina (de segunda a sexta), da rua Nove de Julho (às segundas e quartas-feiras), do Cecap (às segundas, quartas e sextas), no CIS (de segunda a sexta) e na Santa Casa (de segunda a sexta).

 

Para iniciar as atividades, os estudantes precisaram, antes, preencher fichas epidemiológicas, realizar teste do novo coronavírus (Covid-19), vacinação, além de receber equipamentos de proteção individual (EPIs) e cadastro de ponto eletrônico para garantia da segurança da saúde e da integridade física dos universitários.

 

“Esse importante projeto se faz graças à competência de nossos professores, coordenação de Medicina, pró-reitor de Extensão e pró-reitor de Ensino, que não mediram esforços para o planejamento desta ação. Atuando na Santa Casa de Adamantina e em vários postos de Saúde e no CIS, a Medicina da UniFAI reforça suas ações junto à comunidade por meio do ensino. A parceria entre a UniFAI e a Prefeitura, mediante à Secretaria Municipal de Saúde, proporciona uma união saudável de apoio ao ensino e empenha-se em oferecer a estrutura da saúde da cidade para campo de estágios de nossos alunos”, pontuou o reitor, Prof. Dr. Paulo Sergio da Silva.

 

Internato

 

O Internato corresponde ao estágio curricular obrigatório sob supervisão direta de docentes nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e em hospitais e que serve de aprimoramento técnico e prático daquilo que se aprendeu na teoria do 1º ao 4º ano do curso. De acordo com a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), a carga horária mínima do internato deve ser de 35% da carga horária total do curso, ou seja, uma média de dois anos de estágio.

 

Os alunos do 5º ano do curso cumprem inicialmente as atividades do Internato na Rede Municipal de Saúde de Adamantina e em Mariápolis nos últimos seis meses nas Unidades Básicas de Saúde, Centro de Saúde I, Estratégia de Saúde da Família (ESF) Jardim Adamantina, ESF Cecap, UBS de Mariápolis, no Centro Integrado de Saúde (CIS), onde há atendimento em Ortopedia, Oftalmologia, Neurologia, Dermatologia, Cardiologia, Moléstias Infecciosas, Otorrinolaringologia, Cabeça e Pescoço e Pneumologia. E, na Santa Casa de Adamantina, os internos viram as especialidades de Traumatologia, Cardiologia, Clínica Cirúrgica, Cirurgia Plástica, Pré-anestésico, Clínica Médica, Urologia, Endocrinologia, Enfermarias e Pronto Atendimento

 

Após esse período, os estudantes realizam as atividades práticas por um ano e meio em Araçatuba. Durante 18 meses os graduandos recebem ensino didático e prático em Saúde Coletiva, Clínica Médica, Cirurgia Geral com Ortopedia, Ginecologia e Obstetrícia e Pediatria, especialidades básicas da Medicina.

 

O curso tem duração de 40 horas semanais e é ministrado por um preceptor para cada grupo de cinco alunos. Os preceptores do Internato Médico são os especialistas Luiz Cláudio Andrades Lima (Clínica Médica), Everton Pontes Martins (Cirurgia Geral), Maria Lúcia Marin Cominotti (Ginecologia e Obstetrícia), Fabrício Benez (Ortopedia) e Anderson Azevedo Dutra (Pediatria). No curso, os alunos participam de aulas, atendimentos da rotina hospitalar e plantões.

 

A Santa Casa de Araçatuba é um hospital de alta complexidade, considerado de excelência e referência regional para quase 1 milhão de habitantes.

 

Manifestação

 

Na última semana de setembro, um grupo de estudantes do 8º termo de Medicina se organizou em manifestação em razão de uma suposta evasão de professores médicos (preceptores) e eventual diminuição das atividades práticas de extensão.

 

Após reunião com o pró-reitor de Extensão, Prof. Dr. Vagner Amado Belo de Oliveira, o chefe do Departamento de Medicina, o reitor e o prefeito Márcio Cardim (DEM), a situação foi resolvida de maneira pacífica.

 

“Em relação ao ato público dos nossos alunos, que ocorreu em 28 de setembro, a Coordenação do curso de Medicina, juntamente com o seu núcleo docente estruturante, sempre está em contato com os alunos, recebe-os, explica o que pode estar acontecendo de positivo ou de negativo junto às atividades e coloca-se ao diálogo e à discussão. Quando não há a possibilidade de se resolver aqui, internamente, conversamos com a Coordenação Pedagógica, com a Pró-Reitoria de Ensino, até chegarmos à Reitoria. Infelizmente acontecem situações com a que ocorreu em que os alunos saem e fazem manifestação, mas, logo em seguida, tudo já estava totalmente resolvido”, esclareceu Miguel De Marchi.

 

O chefe do Departamento de Medicina da UniFAI emendou que “a Coordenação do curso de Medicina não concorda com esse tipo de manifestação que, às vezes, faz com que o aluno não entenda como funciona a hierarquia dentro da Instituição e dentro do próprio curso de Medicina. A gente reconhece que é um direito existir essas manifestações, porém, a Coordenação não compactua com esse comportamento porque sempre se coloca à disposição dos alunos para esclarecimento”.